Atividade física: um bom exercício na regulação do comportamento alimentar

No contexto das sociedades desenvolvidas atuais, a elevada abundância e oferta alimentar coloca desafios permanentes aos nossos sistemas de regulação fisiológicos, tornando a regulação consciente e deliberada dos comportamentos alimentares mais necessária e mais complexa. De acordo com a evidência científica, a prática de atividade física regular poderá ser um importante facilitador da regulação bem sucedida do comportamento alimentar, exercendo o seu efeito através de diferentes mecanismos. O seu efeito parece, em parte, ser explicado pela sua ação ao nível da regulação do apetite, ao contribuir para o aumento da sensibilidade aos sinais de saciedade e, possivelmente, através de alterações induzidas na resposta hedónica à ingestão de certos alimentos. O exercício parece também desempenhar um papel relevante na regulação cognitiva e deliberada da alimentação, através de fatores de natureza psicológica, como o desenvolvimento de uma imagem corporal mais positiva, motivações mais internas e padrões comportamentais mais flexíveis. Segundo a evidência, estas alterações poderão traduzir-se numa escuta mais atenta aos sinais do corpo e num aumento de recursos cognitivos e emocionais para lidar melhor com as decisões alimentares do dia a dia. Este artigo sumariza os principais resultados que sustentam e existência de uma relação entre a prática da atividade física regular e a regulação do comportamento alimentar.
A adoção de comportamentos do estilo de vida saudáveis, nomeadamente de uma prática de atividade física regular e de uma alimentação equilibrada, está aliada a uma redução substancial do
risco de mortalidade e morbilidade por doença crónica1.
Todavia, as recomendações de saúde pública para a prática de uma atividade física e alimentação saudáveis não são cumpridas por grande parte da população e a sua alteração eficaz e sustentada é habitualmente modesta; aspetos que aumentam a importância e necessidade de se compreender melhor a adoção de cada um destes comportamentos individualmente, mas também como estes se relacionam entre si e, eventualmente, contribuem para a regulação um do outro.

 

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Conteúdo disponível na Revista Factores de Risco da Sociedade Portuguesa de Cardiologia

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